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Notcias / Entrevista da Semana 6o1x2w

01/08/2021 s 08:33 3v4g1d

Comandante da PM destaca as inovaes tecnolgicas no combate ao crime 45y2i

Coronel Assis est desde 2019 frente da Polcia Militar e priorizou colocar efetivo nas ruas, garantir melhores equipamentos e agora planeja ainda mais avanos na tecnologia 2j564t

Dbora Siqueira e Anglica Callejas

Comandante da PM destaca as inova

Foto: PMMT / Arte Leiagora

O comandante-geral daPolcia Militar, coronel Jonildo Jos de Assis, est frente da instituio desdejaneiro de 2019, e destaca seu plano de comando, fala das aes da PM na pandemia e ainda aposta nos avanos tecnlicos para garantir um combate ao crime mais efetivo.

Alm das melhorias, o comandante-geral tambm conta um pouco sobre o esforo que vem realizando para oferecer aos policiais um cenrio melhor na PM, com melhorias nas fardas, no armamento, e na prpria instituio em si. E claro que o sucesso da banda da PM no ficou de fora da entrevista da semana.

Confira a ntegra da entrevista abaixo:


Leiagora – Coronel, qual o maior desafio de comandar a PM?

Coronel Assis – Eu acredito que ns, quando samos da Academia de Polcia Militar, ns somos formados para comandar. Mas quando se fala em comandar um Batalho, uma unidade ou at mesmo a prpria instituio, acho que o grande desafio de todo comandante implementar e se fazer cumprir o seu plano de comando.

Todo mundo que vai assumir um comando, tem ali um plano para orientar as aes que ele vai tomar durante o comando. Eu mesmo, quando ns assumimos aqui, l no incio da gesto do governador Mauro Mendes, ns apresentamos pro governador trs eixos, trs grandes eixos.

O primeiro eixo seria o qu? A potencializao das aes ostensivas de polcia, ou seja, polcia na rua, defendendo o cidado. Ento, com certeza a gente vem implementando de maneira bastante linear em todos os comandos regionais. A prova disso o ndice de produtividade em apreenses, condues, flagrantes feitos durante todo esse tempo de dois anos e meio, aproximadamente.

O segundo grande eixo seriam as atividades de integrao de polcias, da PM junto aos outros rgos, por isso a gente conta muito com a Secretaria de Segurana Pblica e tem dado certo em vrias operaes. Eu tenho policiais militares trabalhando com a Sema, trabalhando com a Polcia Federal. Enfim, vrias operaes em conjunto com os demais rgos de segurana.

E o terceiro seria a valorizao do nosso policial militar, das boas aes. Ano ado, pra se ter uma ideia, ns implementamos como um programa de policiamento, a patrulha Maria da Penha, que comeou como uma boa iniciativa das policiais de Barra do Garas. Hoje se tornou um grande programa de policiamento que capitaneado pela nossa coordenadoria de policiamento comunitrio de direitos humanos, comandada pela tenente-coronel Emirela. Hoje ns fazemos capacitaes. E a ideia justamente essa, estar sempre promovendo o reconhecimento dessas iniciativas e claro que, como eu falei, tudo que se pensa em nvel estratgico aqui, a gente pensa no homem que est l na ponta. Desde o uniforme, do melhoramento do uniforme, desde a aquisio do armamento, o tipo de armamento, desde a construo de quartel, eu estou pensando em quem est l na ponta. Por qu? Porque eu vivi na ponta. Eu vivi minha vida na rua, trabalhei na parte operacional, fui comandante do batalho operacional. Ento eu acredito que a oportunidade que temos de pensar no pessoal da ponta agora.

O pessoal perguntou porque eu ainda estou usando minha pistola PT 100, calibre .40 e por que no estou de Glock. Porque eu entendo que a melhor arma tem que estar com o meu policial, l na rua. Ento eu acho que essas que chegaram s dava para o servio ativo aqui da baixada cuiabana, o servio dirio, e eu acho importante rear isso pra quem est l na rua. A prxima leva que vai chegar pra todo mundo, a gente vai pegar (a pistola .40).

Leiagora – Um dos pilares que o senhor falou o policial na rua. O lotacionagrama da PM mostra que h um dficit muito grande de soldado, de cabo, de sargento, oficiais tambm. Como est a discusso pra um concurso? Por que, da mesma forma que h um dficit, existem muitos policias que esto indo para a reserva remunerada. Como que o senhor pretende manter o policial na rua com esse pessoal indo pra reserva?

Coronel Assis – Dficit de efetivo no uma exclusividade da PM. Ns temos outras instituies que possuem dficit. Claro que o nosso dficit se acentua com o tempo, porque todo ano existem pessoas que vo pra reserva. Ns estamos h algum tempo sem promover concurso para soldados e para oficiais tambm. Claro que essa pauta est sendo tratada pelo Governo do Estado. uma pauta muito sensvel, uma vez que temos restries impostas por legislaes federais no tocante contratao e formao de novos gastos. Mas isso est sendo bem conduzido pela Secretaria de Segurana, pela Casa Civil. Eu acredito que teremos novidades.

Ns, a partir do momento que comeamos a trabalhar com a parte de anlise criminal, ns sempre estamos fazendo mais com menos. E de maneira racional, de maneira devidamente orientada, justamente porque eu consigo colocar o meu material humano, meu material logstico, onde eu mais preciso. Eu acredito que efetivo extremamente importante para que a gente possa estar mantendo o servio prestado sociedade. Mas fora isso, eu tambm sonho com uma polcia tecnolgica, eu sonho com uma polcia que use tecnologia. Na qual eu possa fazer o boletim de ocorrncia no local do fato e possa encaminhar para o sistema da Polcia Civil, para o Poder Judicirio direto.

Com isso, eu ganho tempo de rdio patrulhamento, ganhar tempo na rua. Isso importante. Preciso ter uma ferramenta de gesto na qual eu possa entrar no meu smartfone e saber quem est em servio em So Flix do Araguaia, por exemplo, e em qual viatura. Poder puxar uma aba, saber o telefone dele pra ligar l e falar: “E a, meu amigo? Como est seu servio?”. Eu preciso ter tudo isso na palma de um smartfone, de maneira que eu possa criar, que o comandante do batalho, possa criar cartes programas, dos quais eu possa ter ali um ponto demonstrativo e essa mensagem saia no smartphone da viatura.

Se ele estiver em ocorrncia, estiver impedido por algum motivo, justifique de forma rpida, pra que a gente possa ter algum controle.

Leiagora – Ento o senhor acha que caminho da PM a pela tecnologia? Otimizar mo de obra e utilizar tecnologia no combate ao crime?

Coronel Assis – Na verdade uma conciliao. No h como substituir o policial na rua. No existe isso. Mas eu posso otimizar e colocar essa participao e o trabalho do policial militar na rua com a tecnologia de maneira muito mais eficiente, assim como j acontece em outros estados. Ns temos como exemplo Santa Catarina, onde a PM faz visitas de segurana orgnica, por exemplo, numa empresa do Distrito Industrial, e o sargento vai l, dentro desse programa, dessa tecnologia, ele vai estabelecer um questionrio que ser respondido pelo comerciante, por exemplo: “Tem muro? Sim. Na lateral? Quantos? Tem terreno baldio? Sim. No. Tem luz? Tem. Quantos pontos de luz?” E no final, o prprio comerciante vai poder se cadastrar e baixar o App, e a partir da, ir sair impresso, em PDF, um relatrio de segurana, falando que ele precisa arrumar uma cmera, precisa melhorar isso, melhorar aquilo".

Como eu falei, com a tecnologia, o cu o limite. Por exemplo, eu preciso checar algum. P, vou usar o rdio? No. Checo na tecnologia aqui, checo rapido. Eu preciso abordar voc: “Como seu nome?” “Meu nome Dbora.” “Pera a, voc tem cara daquela Maria que foi presa com droga l na regio de Cceres, mas ela foragida.” “No, mas eu sou a Dbora.” “Cad seu documento?” “Estou sem documento.” “T sem documento?” Se a gente pudesse fazer um termo de cooperao com o TSE, que tem o maior banco de dados digitais do Brasil, eu coloco a sua digital no leitor de digitais do smartfone e vai saber se voc realmente a Dbora ou se voc a Maria. Isso uma possibilidade.

Outra possibilidade, por exemplo, seria uma senhora que possui uma medida protetiva que possa baixar o aplicativo da PM, escanear o documento e, a partir disso, vai vir pra c, vai ter uma validao, vai gerar um boto do pnico e ela vai apertar esse boto do pnico, que tocar l no centro de comando de controle, vai tocar em todas as viaturas, quando ela precisar de ajuda. Ento assim, a tecnologia o futuro. E ns, como instituio de estado, ns temos que andar a par da tecnologia. Ento para isso que ns estamos trabalhando, pra que a gente possa chegar nesse patamar tambm.

Leiagora – Como que est a questo da estrutura? O senhor tambm falou do segundo eixo: equipamento, armas, farda. D pra melhorar? O que j foi feito?

Coronel Assis – Com certeza. Estamos melhorando! Eu falo sempre que ns comeamos a atual gesto de maneira bastante precria. Ns tnhamos viaturas que estavam sendo recolhidas, postos que no queriam abastecer os nossos veculos, salrios parcelados, 13 atrasado. E graas a Deus uma gesto sria, uma gesto fiscal eficiente, muito coerente, com o apoio dos rgos de Estado, do Poder Legislativo, do Poder Executivo, do Poder Judicirio. Mato Grosso entrou nos trilhos novamente. E hoje, graas a essas aes, ns temos dinheiro pra fazer investimento.

Ns estamos fazendo uma virada de chave do material blico da instituio. Eu sou da poca do 38. Quando chegaram os primeiros 38 sete tiros, ns ficvamos brigando entre os tenentes pra ver quem que pegaria esses 38 sete tiros. Hoje ns estamos partindo j para outro naipe, um patamar de ter uma pistola pra cada policial militar. E no qualquer pistola. uma pistola que segue padres internacionais de fabricao. uma arma que usada pelas melhores e maiores foras policiais do mundo. E isso graas aos investimentos. Ns estamos fazendo a aquisio, vamos reformar e trocar toda a nossa planta de espingarda de combate calibre 12. Uma arma que muito utilizada por nosso policial nas ruas e que est defasada. So cuidadas, porm so antigas. Ns iremos comprar a melhor 12 do mundo. uma arma que funciona no sistema pump, que o sistema manual, e no sistema semiautomtico. usada tambm pelas melhores foras do mundo. Ento a gente vai estar comprando esse tipo de armamento. Ns estamos comprando fuzis. Fuzis de ltima gerao pras nossas Foras Tticas, para Bope, que est reformando toda a sua planta de armamento.

Quando eu trabalhei no Bope, ns tivemos a campanha do Novo Cangao em 2012, 2013, o que nos salvou foram fuzis FAL, doados pela Marinha, de 1963. Ento foi com isso que ns combatemos l no mato, que o meu soldado do Bope, que os meus policiais estavam l no mato usando.

Leiagora – Arma de 63?

Coronel Assis – Uma arma de 1964, o modelo do FAL. E ns, hoje, estaremos com tudo novo. Uma planta de armamento que vai durar 20 anos. Uma inovao tambm que todas essas pistolas sero em cautela permanente. Ento o policial vai ter essa pistola, no vai ter que devolver. Isso vai representar um ganho de durabilidade de 10 anos, com certeza. Ento, uma virada de chave. Fora isso, viaturas 4x4, viaturas 4x2, motos. Ns tivemos a criao do nosso batalho de moto patrulhamento ttico, isso uma grande inovao. Ainda vamos ouvir falar muito dessa unidade. Ainda iro trazer muito resultado, porque um policiamento rpido, um policialmente na base urbana que ir trazer excelentes resultados. Fora isso, o maior legado que eu acredito que iremos deixar da atual gesto, a rdio digital. Eu sou do tempo da rdio VHF, o cara comprava o radinho, l num Paraguaizinho da vida, e copiava a frequncia da PM. Hoje o nosso rdio digital, criptografado e troncalizado. No tem como copiar. Se eu perder um HT, o operador de sistema entra l pelo IMEI do HT e deleta esse HT. Ele no serve pra ningum, pra mais nada. Ento assim, so grandes avanos e grandes legados deixados para segurana.

Leiagora – Em relao Operao Disperso, como teve um relaxamento das aes pela Prefeitura de Cuiab, como que tem sido na prtica, esse horrio de 1h s 5h Como que a PM t fazendo? Continua esse tipo de fiscalizao?

Coronel Assis – Sim, continuamos. Mas assim, h de se convir que as medidas tem todo seu histrico. Ns j atuamos com medidas bem mais restritivas, ns j atuamos com medidas um pouco mais brandadas. E isso graas essa orientao e o preparo dos policias, no tivemos intercorrncia. Tivemos condues? Tivemos. Mas isso no reflete toda a ao da PM. E isso est sendo muito bem conduzido pelos comandantes. Eu acredito que com a vacinao melhorou bastante, at a questo de no deixar as coisas ficarem paradas e fazer com que a vida corra normalmente.

Leiagora – Como o senhor avalia e qual sua opinio sobre essa polmica, da mensagem 77, que o deputado Elizeu contra. A Assembleia est se articulando para no dar certo? Como est esse debate?

Coronel Assis – Na verdade, no houve nenhuma articulao por parte da Assembleia pra no dar certo. Eu acredito que a discusso ela vlida, mas assim, tudo que vem pra somar importante. A mensagem nem est mais l. Ela est nas nossas instituies ainda, na PM, nos Bombeiros. uma exigncia legal, atravs de uma normatizao feita pelo Governo Federal, para que se possa normatizar esse Cdigo de tica e Disciplina. claro que um instrumento de controle disciplinar uma pauta sensvel. Mas uma pauta necessria. Porque ns somos detentores do poder blico do Estado. Ns somos uma tropa armada, ns somos uma tropa militar. Ento ns precisamos de um instrumento disciplinar que seja coerente, que seja justo, mas que mantenha o controle disciplinar tambm.

Leiagora – E qual o seu futuro? O senhor j coronel, comandante geral. O senhor pretende ir pra poltica como vrios outros militares? O senhor tambm tem essa pretenso?

Coronel Assis – No tenho pretenso nenhuma poltica. No acredito que eu tenha essa inclinao para trabalhar nesse ramo. Acredito que isso um dom que as pessoas possuem, vem de bero, ou vem se preparando a vida toda para isso. Eu me preparei a vida toda para ser um soldado. E sendo um soldado, estou para cumprir a minha misso. Minha misso hoje, ser comandante geral da Polcia Militar. Amanh, de repente, eu vou ser coronel da Reserva Remunerada, uma outra misso.


Leiagora– Em relao valorizao do corpo musical da PM, que sempre foi uma boa banda. Ela teve um reconhecimento maior agora. O que o senhor acha que aconteceu pro pessoal despertar e ver a existncia da banda?

Comandante Coronel Assis -Na verdade, como eu disse: Ns vivemos tempos diferente. Eu acredito que a pandemia trouxe muitos malefcios, fez muito mal pra ns. Ns perdemos 20 colegas policiais da ativa. Vrios outros colegas da reserva remunerada. Isso acaba trazendo muita tristeza a todo mundo e, no auge da pandemia, a PM nunca parou. Diga-se de agem, a PM nunca parou seja pela questo da pandemia, seja pela falta de vacina. Inclusive, graas a deus, hoje ns temos 100% do nosso efetivo vacinado e estamos caminhando pra chegar na segunda dose.

Teve uma poca que ns tivemos quartis do interior, em que de um efetivo de 12 policiais, nove estavam acometidos com a covid. Ento, o que tinha de fazer? Lanar mo de gente daqui. Lgico que nesses momentos de crise, a prpria banda foi empregada no servio operacional. Ento eles trabalharam na fronteira, eles trabalharam nos batalhes, eles trabalharam nos nossos rgos de fiscalizao sanitria do municpio, do estado. Eles trabalharam no interior do estado. Isso mostra que eles tm o mesmo preparo tcnico, operacional da nossa tropa. Embora tenham essa vocao e essa aptido musical que faz to bem nossa instituio.

A banda tem 109 anos de idade, ento ela vem marcando o o e o como da instituio desde ento. Eu gosto de usar a frase de um general do exrcito que diz que um quartel sem banda como um corpo sem alma. E claro que com essa situao da pandemia, nossa banda tambm se reinventou.

A partir do momento que conseguimos essa parte de vacinao a gente comeou a ter menos pessoas contaminadas e o menor emprego do nosso corpo musical, ns partimos para as lives. Onde j se viu uma formatura da PM sendo feita pela internet? Promoes, agradecimentos, reconhecimentos... E quem capitaneava tudo isso atravs da msica foi o nosso corpo musical, a nossa banda. E eles fazem isso com muita primazia. Porque a msica uma linguagem universal, uma linguagem que aproxima todo e qualquer povo do mundo. A mesma nota Sol que toca aqui, toca l no Japo. E claro que a partir disso, eles tambm se reinventaram. Foram levar um pouco de alegria s pessoas que acabam sofrendo bastante com a pandemia. Eles foram pros hospitais, asilos, casas de amparo. E isso foi muito importante, porque tambm faz essa aproximao da instituio com a sociedade. logico que a rede social, a internet expandiu isso pro mundo. Tivemos uma msica, a Batom de Cereja, que virou meme. Numa das nossas aes sociais em um centro de hemodilise, espontaneamente, a enfermeira e o policial militar, mostrando a proximidade, essa confiana que existe entre a sociedade e a PM, e a partir da, virou um vdeo e viralizou. Graas a Deus deu grande visibilidade ao nosso corpo musical e isso bom para aproximar a PM da sociedade e agora ns temos toda sexta-feira, o Sextou da banda.
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