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Notcias / Entrevista da Semana 6o1x2w

15/01/2023 s 08:00 5v1h3i

Novo Diretor da DAE leva perfil operacional para fortalecer combate s faces e organizaes criminosas 5a2eh

Vitor Hugo Bruzulato quer integrar ainda mais as atividades das unidades e fortalecer investigaes 546q2i

Jardel P. Arruda

Logo aps efetivada a reduo de 80% dos crimes contra instituies financeiras, garantindo mais de um ano e meio sem atividades do novo cangao em Mato Grosso, ter reduzido o roubo de cargas em 32%, em 19% os crimes contra defensivos agrcolas, tendo apreendido 116 toneladas desses produtos falsificados, adulterados ou furtados, enquanto atuava como titular da Gerncia de Combate ao Crime Organizado, o delegado Vitor Hugo Bruzulato assume um novo tipo de desafio: o novo chefe da Diretoria de Atividades Especiais da Polcia Civil.

Isso significa que ele estar como diretor das atividades das 10 delegacias especiais de Mato Grosso: Delegacia Especializada de Represso a Crimes Informticos (DRCI); Delegacia de Represso a Entorpecentes (DRE); Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema); Delegacia Especializada em Crimes Fazendrios (Defaz); Delegacia Especializada de Combate Corrupo (Deccor); Delegacia Especializada de Fronteira (Defron); alm das Gerncias de Combate ao Crime Organizado (GCCO); Gerncia de Operaes Especiais (GOE);Gerncia de Operaes Areas (GOA); e Gerncia Estadual de Polinter e Capturas (Gepol).

No currculo, Bruzulato traz um perfil operacional, de quem se aprimorou em investigar e apresentar resultados rpidos, graas s agens por unidades operacionais como a Delegacia de Roubos e Furtos de Veculos Automotores e Delegacia Especializada no Meio Ambiente. Alm disso, traz tambm a experincia de quem atuou no interior em tempos idos e enfrentou desafios da investigao com poucos recursos.

Agora, ele quer empregar todo essa habilidade para integrar as unidades da Diretoria de Atividades Especiais entre si e com o restante da Polcia Judiciria Civil para enfrentar a criminalidade e tendo um dos maiores desafios da atualidade, o combate s faces criminosas.

O Leiagora conversou com Vitor Hugo e traz um pouco da sua histria e do seus planos no combate ao crime.

Confira abaixo a entrevista na ntegra:

Leiagora - Delegado, voc recentemente comandou o GCCO, j chefiou tambm a DRE e chegou agora Diretoria das Atividades Especiais. Gostaria que voc falasse qual a marca do seu trabalho. O que te trouxe at aqui?

Delegado Vitor Hugo - Eu comecei em 2007 l em Jaciara. Trabalhei com experincia no interior do estado. Trabalhei em Rondonpolis, trabalhei em Primavera do Leste, Paranatinga. Ento eu conheo as unidades do interior. Elas, infelizmente, na poca tinham pouca estrutura. Ento com toda essa dificuldade a gente vai evoluindo como profissional. Isso me ajudou bastante na construo da minha carreira.

Vindo para Cuiab, em 2013, eu trabalhei na Delegacia do Meio Ambiente, uma unidade que me foi uma escola. A gente trabalhando, imagina, meio ambiente em um estado dessa dimenso, com os biomas que ns temos, com as dificuldades de desmatamento, questo de pesca predatria. Ento foi um grande aprendizado e tambm foi construindo minha evoluo profissional.

A partir do momento que sa da Delegacia do Meio Ambiente e fui para a Delegacia de Roubos e Furtos de Veculos Automotores, a DERRFVA, naturalmente, por ser uma unidade extremamente operacional, eu tive que aprimorar essa parte operacional. Desde ento eu comandei, depois da DERRFVA, a DRE e por ltimo a GCCO. Ento meu carro-chefe esse lado operacional, desenvolvendo operaes.

Nessas trs unidades ns deflagramos grandes operaes, importantes no cenrio de segurana pblica, no contexto de segurana pblica, trazendo reflexos como a reduo da criminalidade, principalmente quando a gente fala da criminalidade organizada, no roubo de veculos, trfico de drogas e agora, na GCCO, que bem mais amplo, envolve bancos, instituies financeiras, defensivos, cargas, tem a antissequestro tambm, ento essa pegada minha para o lado operacional eu acho, ou todo conjunto, foi o que me trouxe aqui para diretoria.

E fico muito feliz com o reconhecimento, ter recebido o convite da nossa delegada-Geral, doutora Daniela. Me sinto feliz e honrado, e com muito trabalho, com muito comprometimento, dedicao, procuro corresponder a esse importante cargo da Polcia Civil que a Diretoria de Atividades Especiais.

Leiagora - Desde a Delegacia de Roubos e Furtos de Veculos e depois da Represso a Entorpecentes e no GCCO voc acabou trabalhando muito no combate ao crime organizado. Seu ltimo trabalho, na GCCO, especializado nisso, at um pouco mais amplo. Como foi sua agem pelo GCCO, um ncleo to visado da PJC sempre em evidncia. Como foi desenvolver um trabalho l?

Delegado Vitor Hugo
- Realmente, a Gerncia de Combate ao Crime Organizado uma unidade muito importante para a Polcia Civil. Logo quando eu cheguei tivemos um acrscimo de atribuio que foi o roubos e furtos de carga. E quando a gente fala desses crimes patrimoniais, a atribuio da GCCO em todo estado, ento foi uma grande dificuldade enfrentada ali no incio da minha gesto no GCCO.

Mas, com os ajustes que a Polcia Civil conseguiu fazer, ns viramos uma referncia na represso aos roubos e furtos de carga nacionalmente. A gente teve, no final do ano, um encontro nacional. Ns conseguimos reduzir os nmeros de furto, especialmente de furto de cargas aqui no nosso estado. Fizemos diversas operaes, destaco a operao Gros de Areia, que foi importante nesse contexto para diminuir os furtos de carga nesse contexto, as operaes Safra 1 e 2, tivemos duas etapas dessa operao tambm muito importante nesse contexto.

Leiagora - De alguma forma isso dificultou a atuao em outras reas?


Delegado Vitor Hugo-Mesmo com essa atribuio to grandiosa e to complexa, ns no deixamos de lado, durante nossa gesto, as outras atribuies. Ns cuidamos ali da parte dos bancos, dos crimes contra as instituies financeiras.

Tambm tivemos uma situao em 2021 que foi a volta de uma ao do novo cangao aqui no interior do estado, em Nova Bandeirantes. Ns conseguimos identificar e prender todo grupo criminoso, alm daqueles confrontos com as foras policiais que aqueles criminosos vieram a bito. E com isso, com essas aes repressivas, estamos h um ano e meio sem ao do novo cangao no nosso estado.

Tivemos a reduo, em 2022, de 80% dos roubos contra instituies financeiras no estado. Isso fruto desse trabalho do GCCO. claro, ningum trabalha sozinho. Tambm em parceria com todas as foras de segurana do Estado. Polcia Militar, Polcia Rodoviria Federal, Polcia Federal, Gefron, ns temos, enfim, todas as foras de segurana trabalhando com o mesmo objetivo.

Alm disso, ns temos tambm outro nmero que chama bastante ateno em relao aos defensivos agrcolas. Ns batemos o recorde na apreenso de defensivos agrcolas, fruto de trabalho investigativo repressivo da unidade, tivemos um aumento de mais de 500% de apreenso se comparar com 2021. Foram 116 toneladas de defensivos agrcolas produto de crime, falsificados, roubados e furtados. E com essa ao tambm conseguimos reduzir os furtos de defensivos no nosso estado.

E porque esse nmero to importante? Ns estamos falando de um estado que o maior produtor de gros do pas. Consequentemente isso atrai os olhares das organizaes criminosas. Por isso a importncia desse trabalho repressivo.

Alm dos trabalhos contra as faces criminosas. Ns fizemos vrias operaes nesse sentido. A GCCO tem uma fora tarefa em conjunto com a Polcia Federal e fizemos vrias operaes. Uma em destaque em Sorriso. Conseguimos diminuir os nmeros da criminalidade, reduzir a criminalidade violenta que estava acontecendo naquela regio. So vrios trabalhos que fizemos ao longo dessa gesto.

Leiagora - Como voc mesmo disse, Mato Grosso o estado eminentemente agrrio, com a maior produo agrcola do pas, ento muito importante para o agronegcio o combate ao roubo de cargas e de defensivos agrcolas. Por que se tornou competncia da GCCO a responsabilidade do enfrentamento a esses crimes? Eles se tornaram prtica do crime organizado nesses crimes?

Delegado Vitor Hugo - Sim. Alm dessa preocupao por atrair organizaes criminosas, so crimes que no so praticados por meliantes comuns. Roubar uma carga no qualquer um que tem condies. preciso ter toda uma estrutura criminosa voltada para prtica desse delito. J tem que ter o receptador, e esse foi um dos nossos focos, porque o receptador quem fomenta esse tipo de crime.

Mas tem que ter uma estrutura criminosa voltada para o crime. A grande maioria dos roubos e furtos de carga praticada por organizaes criminosas porque tem que ter estrutura. Lugares, ou mesmo fazendo para fazer a receptao. Ou grandes galpes, caminhes, veculos preparados para fazer o transbordo, o transporte da carga. Enfim, existe o mnimo de estrutura para a prtica do crime. Esse o primeiro motivo.

O segundo motivo dessa atribuio ter ido ao GCCO porque geralmente so crimes praticados envolvendo mais de um municpios, ou at mesmo mais de um estado. Ento, como a GCCO tem atribuio estadual, ela importante para ter essa viso macro da atividade criminosa. Por esses motivos, a atribuio ou a ser do GCCO.

Leiagora - Combate ao crime organizado. No s a PJC, como todas as foras de segurana tm atuado muito nessa questo, mas mesmo assim as faces criminosas vm, pouco a pouco, avanando. O que est sendo feito e o que preciso para frear o avano das faces criminosas?

Delegado Vitor Hugo
- Ns j fizemos vrios trabalhos. Temos fora-tarefa criada onde esto presentes Polcia Civil, Polcia Militar, Polcia Rodoviria Federal e Polcia Federal. Ns fizemos aes em 2022, para poder combater essas faces criminosas.

Nosso planejamento para 2023 de intensificar essas aes. Fortalecer essas unidades de combate ao crime organizado, fazer um enfrentamento ao trfico de drogas, intensificar as aes contra o trfico de drogas, porque quando a gente fala de faces, o carro chefe, o que fomenta e alimenta essas faces o trfico de drogas. Ento vamos intensificar essas aes de combate, de represso ao trfico de drogas.

E quando a gente fala de trfico de drogas estamos falando de todas as modalidades. Desde o trfico domstico, o trfico formiguinha, at um trfico mais robusto, os grandes traficantes utilizam o estado como rota para transportar para outros lugares, outros estados. Em todos os setores, em todos os segmentos do trfico, vamos intensificar as aes, como tambm vamos priorizar e reforar esse combate s faces criminosas, falando do crime organizado em si.

Leiagora - Desse perodo que voc ficou no GCCO, qual o trabalha mais te deixou orgulhoso. O que voc considera a sua maior vitria?

Delegado Vitor Hugo
- Olha, difcil elencar um. Foram vrios trabalhos importantes em cada rea de atribuio. Sinceramente, no sei elencar um especfico. Todas as aes, no roubo de carga e defensivos agrcolas, bancos, tem sua importncia, mas naquela rea, naquele setor especfico.

Temos a reduo de 80% do roubo a banco, sem a ao de novo cangao h mais de um ano e meio, como disse antes, lembrando que constantemente estamos vendo essas aes em outros estados, em vrias modalidades, novo cangao noturno, diurno, domnio de cidade...

Em razo da complexidade, da violncia empregada, a investigao do novo cangao foi uma ao impactante, tanto que o reflexo est a. E a gente conseguiu identificar todo grupo criminoso, apresentando resultado satisfatrio ao judicirio e principalmente sociedade, que sofreu muito com aquela ao violenta. Uma ao extremamente violenta. Foi uma resposta bastante importante do Estado, por parte da segurana pblica, ento eu acho que foi uma das aes mais importantes da poca da minha gesto no GCCO.

Leiagora - Vamos falar mais um pouco sobre o seu novo desafio. Voc traz toda uma experincia muito operacional para a Diretoria de Atividades Especiais. Como voc espera que isso te ajude?

Delegado Vitor Hugo
- O objetivo nosso intensificar as aes em todas as unidades da DAE, consequentemente deflagrando mais operaes em todas as unidades. Ns temos a o combate aos crimes do Meio Ambiente, combate corrupo, crimes de informtica, que esto em uma crescente com a prtica de vrios golpes utilizando computadores e celulares.

Ento intensificar as aes, as investigaes e consequentemente operaes em todas as unidades. So 10 unidades da Diretoria de Atividades Especiais. E auxiliando, estando prximo das unidades, auxiliando nessa parte operacional, no planejamento operacional principalmente, para que possamos ter um reflexo, uma consequncia positiva para sociedade.

A ao policial tem que ser positiva ao ponto de ter uma reduo de criminalidade, resgatando a paz social, pensando no cidado de bem.

Leiagora - Delegado, voc j chefiou a Delegacia de Represso a Entorpecentes e, falando no combate s faces criminosas, focou muito no combate ao trfico de drogas. Essa vai ser a tnica no combate ao crime organizado? Atacar a fonte de renda deles?

Delegado Vitor Hugo
- Voc falou um ponto muito importante tambm que eu quero destacar. No vai ser somente a parte operacional. Nosso objetivo frente da Diretoria de Atividades Especiais fazer um trabalho integrado no s entre as unidades da DAE, mas tambm com as unidades da Diretoria Metropolitana, vou dar um exemplo aqui, as delegacias de roubos e furtos. Estar mais prximo, estar mais integrado, estar interagindo com essas unidades. E tambm com o interior do estado. Temos a, por exemplo, regionais como Rondonpolis, Sinop, Juna, Cceres…

So regionais, dentre outras, que vamos ter uma integrao, uma interao, para que a gente possa, no s a DAE, mas a Polcia Civil fazer um combate efetivo dessas aes dos grupos criminosos, nas organizaes criminosas, no trfico de droga, nos crimes patrimoniais, trabalhando em conjunto, interagindo.

E, principalmente, aps esse trabalho integrado, a gente trabalhar tambm com patrimnio, combatendo rigorosamente a lavagem de dinheiro. Sequestrando imveis, bens do grupo criminoso, enfraquecendo financeiramente essas faces, atacando na parte patrimonial com bloqueio de contas. Ano ado, s o GCCO conseguiu R$ 8 milhes em bloqueios de contas. Intensificar essas aes, dar um e para as diretorias metropolitanas e do interior, para que a gente possa ter no s o combate de prises, mas tambm atacar o patrimnio dessas faces.

Leiagora - Qual seu maior desafio frente da DAE, a meta a ser batida, o desafio a ser superado?

Delegado Vitor Hugo
- O grande desafio contribuir para que possamos ter um estado mais seguro, mais tranquilo, tendo o cidado de bem a paz que tanto merece. Com essas operaes, que a gente tenha consequncias positivas, reduzindo os ndices de criminalidade, contribuindo para a reduo, porque no s um trabalho da Polcia Civil, mas tambm da Polcia Militar, da Polcia Rodoviria, da Polcia Federal, mas que com essas aes a gente possa contribuir para ter um estado mais seguro, com mais tranquilidade para o cidado de bem.

Eu ficarei muito satisfeito se com essas aes a gente possa alcanar esses resultados.

Leiagora - Nas ruas, umas das maiores preocupaes das pessoas com as faces criminosas. Essa vai ser uma das prioridades da DAE?

Delegado Vitor Hugo
- Ns no vamos itir que o cidado tenha que ficar refm de bandido. Em alguns cenrios, infelizmente, o cidado de bem est preso, recluso, fazer seguro residencial, seguro de casa, cmeras de segurana, preso em casa e a criminalidade solta. A gente v, acompanha e faz o combate efetivo em casos onde existe de um domnio maior das faces. feito um estudo por parte da Polcia Civil, da GCCO, ento ns no vamos deixar essas faces dominar os bairros, as cidades. Esse um ponto fundamental da gesto.

E a sociedade vem nos ajudando muito atravs das denncias. E isso importante, temos garantido o sigilo da fonte, o que nos interessa a informao, porque precisamos saber identificar o problema.

Leiagora - Para finalizar, voc pode deixar uma mensagem para a populao.

Delegado Vitor Hugo
- O que posso falar para sociedade que vou me dedicar, como sempre fiz ao longo da minha carreira. No vai faltar comprometimento, dedicao, muito trabalho para poder contribuir com a Polcia Civil, com a Secretaria de Segurana Pblica, tendo como principal objetivo deixar a sociedade mais segura para o cidado de bem, que merece. Sempre darei o mximo pensando na sociedade, no cidado de bem.
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