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04/05/2024 s 11:27 5l4s4h

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Uma arqueira indgena brasileira rumo Olimpada: " um marco histrico para todos ns" 5k51w

Graziela Santos, membro da etnia Karapan, quer ser a primeira mulher indgena do Brasil a se classificar para os Jogos Olmpicos 19s2w

Terra

A arqueira brasileira Graziela Santos uma atleta fora do comum. "Sou a primeira mulher indgena na equipe brasileira de tiro com arco", diz ela. "Esse um marco histrico para todos ns." Ela quer ser a primeira mulher indgena a competir pelo Brasil nos Jogos Olmpicos. Mas para ela, a ida a Paris seria mais do que apenas a realizao de um sonho pessoal. Seria tambm uma premiao para um projeto de desenvolvimento na Amaznia que apoia jovens atletas indgenas.

Quando Graziela Santos soube do projeto da Fundao Amaznia Sustentvel (FAS), ela ainda estava na escola. "Era uma viagem de barco de cinco horas da aldeia onde morvamos at Manaus. Naquela poca, havia apenas uma escola primria", lembra a brasileira em entrevista DW. Ela soube que a FAS estava montando um projeto de arco e flecha e procurava talentos interessados. "Esse esporte vem da nossa cultura antiga, porque usamos arcos e flechas h muito tempo", lembra.

Hoje, aos 28 anos, ela integra a equipe brasileira de tiro com arco e treina no Centro de Treinamento de Tiro com Arco em Maric, no estado do Rio de Janeiro. Santos pertence etnia Karapan e vem da comunidade Nova Kuan, localizada s margens do Rio Cuieiras, a cerca de 80 quilmetros de Manaus. Na lngua indgena, ela chamada de Yaci ("Lua"). Atualmente, cerca de 1,7 milho de indgenas vivem no Brasil, o que corresponde a 0,8% da populao total. Seu irmo Gustavo Santos tambm membro da equipe brasileira.

Grande potencial entre os atletas indgenas

O fato de Graziela Santos ter chance de chegar Olimpada se deve ao seu talento, ao seu trabalho rduo nos treinos, aos seus tcnicos e ao apoio da FAS. Na poca, a organizao estava procurando especificamente por talentos indgenas. No entanto, h algumas diferenas entre o arco e flecha tradicional e o arco e flecha olmpico que precisaram ser superadas primeiro.

"H semelhanas, claro, mas tambm h algumas diferenas marcantes", explica Graziela. "No arco e flecha, temos toda uma gama de equipamentos, as lminas, as cordas, o estabilizador, a mira, para que possamos obter um resultado melhor."

Ela est convencida de que os povos indgenas tm um potencial que ainda no foi totalmente explorado. "Ns fazemos de tudo. Corremos, nadamos, atiramos com arco e flecha, caamos, pescamos. Temos uma tima coordenao motora". E por isso que os indgenas podem aprender alguns esportes mais rapidamente do que as pessoas da cidade, se estiverem dispostos e se esforarem, segundo a arqueira.
Sonho do seu prprio centro de treinamento

As prximas semanas decidiro se o grande objetivo, que a Olimpada, realmente se concretizar. No entanto, Graziela, seu irmo Gustavo e a fundao j deram o exemplo. No programa de TV do apresentador Luciano Huck, os ativistas da FAS ganharam dinheiro diante de uma audincia de milhes de pessoas, com o qual pretendem realizar seu sonho: a construo de um centro de treino de tiro com arco na regio amaznica.
"Estou convencida de que investir em atletas indgenas um caminho de sucesso", diz a atleta. "Viemos de aldeias e comunidades distantes de Manaus. E no temos condies financeiras de viajar para Manaus e morar l o ano todo, pagar pelos materiais e nos manter em um bom campo de treinamento e nos alimentar como atletas de ponta."

No entanto, um centro de treinamento na regio ofereceria a oportunidade de transmitir experincia a outros jovens locais. "A construo levar descoberta de grandes talentos que temos em nosso povo, e importante que esses jovens no deixem sua terra natal cedo, mas fiquem perto de suas famlias", diz Santos e prev: "Teremos mais atletas de ponta que representam os povos indgenas."
Modelo para outros povos indgenas

Por enquanto, no entanto, todo o foco est na classificao para a Olimpada. A prxima chance de conseguir uma vaga olmpica na Turquia. "Temos que ficar entre as quatro melhores equipes", diz Graziela. "Estamos nos preparando intensamente para isso e participando de competies internacionais. Essas competies no exterior so muito importantes para lidarmos com a presso e continuarmos melhorando."

Graziela Santos se sente uma pioneira e um exemplo para outras mulheres indgenas. "Meu exemplo mostra que somos capazes de estar aqui", diz. "Podemos escolher nossos objetivos e provar que um dia os alcanaremos."
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