Em resposta s reaes do senador Jayme Campos (Unio) a suas declaraes sobre a atual composio do Senado, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), adotou um tom apaziguador, mas no recuou de suas falas. Ao contrrio: reafirmou sua viso crtica sobre o cenrio poltico nacional e defendeu o direito divergncia como parte essencial da democracia.
“Tenho saudades do tempo em que as personalidades do Senado discutiam o Brasil na essncia, nos problemas. Hoje vejo muito interesse deslocado do eixo central, que o cuidado dos interesses do Brasil como um todo”, afirmou Pivetta.
O vice-governador disse ainda que o senador Jayme Campos tem “todo o direito de falar o que pensa”, e que ele mesmo tambm exerce esse direito com responsabilidade. “ assim que se faz democracia: cada um fala o que pensa, com responsabilidade. No me arrependo de nada do que falei. Tenho convico.”
As declaraes de Pivetta, que questionam diretamente a capacidade tcnica e intelectual dos senadores, haviam causado reao imediata de Jayme Campos, que viu nas falas um ataque direto ao seu estilo de atuao. Para o vice-governador, o problema est no foco excessivo em emendas e rees de recursos, em detrimento de debates estruturais sobre o pas.
“Hoje, a gente v l no Senado Federal muita negociao, emenda parlamentar, distribuio de recursos federal que t faltando no caixa do governo federal, que t virando inflao. So juros, n? Ento, ns precisamos de senadores, de um Congresso Nacional que cuide do Brasil, que cuide dos interesses do Brasil”, disse Pivetta no incio do ms.
A resposta de Jayme no tardou. O senador, que tambm cotado para a disputa ao governo de Mato Grosso em 2026, afirmou: “ruim o poltico que no traz nada para o Estado. O que precisamos de polticos que defendam, que lutem pelos municpios onde reside a populao.”
Embora sejam aliados do governador Mauro Mendes (Unio), Jayme e Pivetta protagonizam uma disputa velada pelo apoio do chefe do Executivo estadual. Mauro j declarou publicamente sua preferncia por Pivetta na sucesso ao Palcio Paiagus, o que acirra a tenso interna no grupo poltico que hoje comanda o Estado.
A troca de farpas entre dois dos principais nomes da base revela que a corrida eleitoral de 2026 comeou-e j expe fissuras que antes se mantinham nos bastidores.
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