Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovaram, em segunda votao, nesta quarta-feira (11), o Projeto de Lei 976/2025, de autoria do Executivo estadual, que estabelece o teto mximo de 35% para emprstimos consignados contratados por servidores pblicos. O texto, aprovado com um Substitutivo Integral, foi entregue pessoalmente pelo governador em exerccio, Otaviano Pivetta (Republicanos), e tramitou em regime de urgncia urgentssima.
A nova legislao se aplica a todos os Poderes e rgos autnomos do Estado e traz mudanas significativas nas regras para emprstimos consignados. Um dos principais pontos do projeto a proibio da cobrana de taxas e tarifas pelo Poder Pblico para a execuo do sistema de consignaes, alm de vedar a abertura de margem consignvel para operaes com carto de crdito e produtos similares.
O projeto tambm fixa o limite da margem consignvel em 35% da remunerao lquida mensal do servidor, de forma facultativa e regulamentada. Instituies financeiras autorizadas pelo Banco Central, alm de entidades de previdncia complementar, seguradoras e operadoras de sade regulamentadas, podero atuar como consignatrias no novo modelo.
“Foi positiva a presena do governador na Assembleia. Ele trouxe pessoalmente o projeto, retirando a taxa que o governo cobrava — proposta que j vinha sendo debatida na Casa, inclusive pelo deputado Wilson Santos — e garantiu que at 10% dos recursos da previdncia possam ser usados para emprstimos com taxas mais baixas”, destacou o presidente da Assembleia, deputado Max Russi (PSB).
O projeto ainda cria a Ouvidoria Interinstitucional Especializada de Consignaes, responsvel por receber e encaminhar reclamaes sobre eventuais irregularidades nos contratos consignados, alm de assegurar o cumprimento da Lei Anticorrupo (Lei n 12.846/2013). A proposta segue agora para sano do governador em exerccio.
Consignados
Foi ainda no fim do ms ado que a polmica dos consignados ganhou repercusso no Estado. Ocorre que mais de 30 empresas que oferecem emprstimos a servidores pblicos esto sendo investigadas por praticarem juros abusivos e por aplicarem golpes contra servidores.
As fraudes consistiam em caracterizar emprstimos via carto de crdito como se fossem consignados, o que implicava no aumento dos juros e comprometimento de at 70% dos salrios das vtimas.Algumas seguradoras chegaram a se ar por contratantes aps roubarem dados de servidores e elas prprias contratarem emprstimos abusivos. O caso investigado pela Polcia Civil.
Diante da exploso dos casos, o governo de Mato Grosso deu incio a uma fora-tarefa, que visa investigar as supostas irregularidades. Trabalham nas investigaes a Delegacia do Consumidor (Decom), o Procon-MT, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministrio Pblico do Estado (MPE) e demais rgos.
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